ACADÊMICOS DO CUBANGO
- Fundação: 17 de dezembro de 1959
- Cores: Verde e Branco
- Símbolo: Santuário com um livro aberto no meio e a inscrição GRES.
- Quadra: Rua Noronha Torrezão – Nº 560 – Cubango – Niterói – Rio de Janeiro
- Telefone:
- Internet: http://www.academicosdocubango.com.br
- Presidente: Olivier Luciano Vieira (Pelé)
- Presidente de Honra: —
- Diretor de Carnaval: Jorge Ripper
- Carnavalesco:Cid Carvalho
- Diretor de Harmonia: Décio Bastos
- Intérprete: Preto Joia
- Diretor de Bateria: Mestre Maurão
- Rainha de Bateria: Cris Alves
- Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Falcão e Jaqueline Gomes
- Coreógrafo da Comissão de Frente: Roberto De La Costa
- Horário do Desfile 2016: 7ª escola a desfilar no Sábado, dia 06 de fevereiro de 2016
- Enredo 2016: “Um Banho de Mar à Fantasia”
SINOPSE 2016
“Um Banho de Mar à Fantasia”
Sou água! Tal como ela, fluo e inundo…
Há bilhões de anos, do espaço sideral, viajei “a bordo de cometas” e venci os desafios de um planeta em formação. Espalhei-me sobre a superfície da Terra, entre derramamentos de
lava e erupções, ao surgimento da vida.
Como “na natureza, nada se cria, nada se perde e tudo se transforma”, desaguo, evaporo e da Terra novamente broto: “às vezes lagoa, outras tantas ribeirão, às vezes chuva fina, outras tantas tempestade com trovão…” E sigo faustiano, como cachoeira, contornando os obstáculos, a caminho do oceano.
Para além do universo, irrigo a imaginação do Homem com fantasias e lendas… Bravos navegantes cruzam a barreira das imensas águas salgadas e aventuram-se sobre minhas costas…deslizando suas caravelas em busca de um destino além-mar.
Entre o bem e o mal navega um mar de significados, que povoam o “mundo aquático” com fantásticos personagens: criaturas marinhas, espécies gigantescas, peixes voadores e luxuosos reinos submersos na imensidão do Oceano Atlântico.
Do Tenebroso Mar governado por Netuno – o deus dos mares –, os ávidos europeus trazem os “seres mitológicos” para o Novo Mundo e se deslumbram com o paraíso de águas fartas e límpidas protegidas por uma gente avermelhada.
Os homens, nativos e fiéis ao conteúdo mítico de seus rituais, transcendem os mistérios e a beleza dos mitos das águas. A partir da oralidade do povo indígena, sou “Boiúna: a cobra-grande”, quem detém o segredo das profundezas dos rios e o poder da criação da noite; sou “estrela das águas”; sou a “Mãe D’água” – Iara, a sereia de belíssima face e de cantos inebriantes… Sou a magia de um “boto cor de rosa”, que, em tempos de festas nos arraiás, se transforma num belo homem encantado, deixando apaixonados os corações das “meninas-moças”.
Banho a fértil imaginação da crença humana! Sacralizada entre o céu e a terra, ganho leveza… Sou eu a deusa da natureza, que purifica a alma nos ritos de origem africana. Ao absoluto estado de grandeza, sigo o curso dos rios e dos mares…e vibro ao som dos batuques à sagrada oração. Banhada de axé, saúdo a Oxalá na “Lavagem do Bonfim”, bailo nas águas doces de Oxum e emano da fé, em nome de Iemanjá.
Sou presente divino do tempo, o líquido mais precioso da vida… Mesmo sob os meus cuidados, o Homem naufraga com suas intenções maléficas, não domina sua insensatez e emerge do seu próprio dilema: se água acabar de vez?
Sonhar com um Brasil de água limpa é fundamental, é vencer a poluição de qualquer temporal… Mas sejamos otimistas diante da grave situação: o sentimento olímpico, dos esportes aquáticos, alia-se à esperança e acende a chama da preservação. Revela uma simbiose natural – mutuamente representada pela água e o atleta.
E nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval, a Acadêmicos do Cubango personifica as fantasias que banharam e banham a nossa imaginação e, num sincretismo carnavalesco, celebra um revigorante “banho de mar à fantasia” – protagonizado pelos piratas da folia.
A Cubango é água, é vida, é a “Embaixadora das Águas” que resplandecerá na Avenida.
Ideia Original e Carnavalesco: Cid Carvalho
Pesquisa e texto: Marcos Roza
SAMBA-ENREDO 2016
Compositores: Sardinha, Gustavo Soares, Wagner Big, Diego Moura, Marco Moreno, Samir Trindade, Elson Ramires e Cláudio Russo. Part esp: Adriano Boinha
Brilha na linha do olhar
No véu do infinito a se transformar
Do ventre da terra escorreu
Da branca espuma, o verde nasceu
Bravura a navegar
No reino de Netuno, a imensidão
Do tenebroso mar da imaginação
Mareou, maré cheia
Iara no Rio, sereia no mar
Tem mistério tem, na areia
Boiúna é cobra que vai te levar
Por essas ondas mora Yemanjá
Depois dos oceanos, Olokum
Em águas claras de pai Oxalá
Desaguá mamãe Oxum
Vem mergulhar
Em cachoeiras, lagos, ribeirões
Preservar
E orgulhar futuras gerações
Água é vida, vida sou eu
A cristalina, lágrima de Deus
Deixa clarear, o dia
Quero me banhar a fantasia
No vai e vem do mar, as águas vão rolar
É a Cubango dando um banho de alegria